A ideia deste curso presencial é fazer três passeios panorâmicos pelas músicas da década de 1920, a fim de iluminar melhor o contexto mundial, moldura do estopim da Semana de Arte Moderna em 1922.

Utilizam-se como guias duas frases de Mário de Andrade, ambas de 1925, quando a Semana começava a ultrapassar o estágio da ruptura para engatinhar num projeto cultural para o país e começava a repercutir em todo o país. A primeira é:
“Todos os movimentos artísticos brasileiros têm sido até agora de imitação. O Modernismo também”.
E a outra é uma incrível sacada que se tornou mote do Modernismo brasileiro:
“Às vezes mesmo eu me revolto contra isso de chamar o nosso primitivo movimento modernizante de imitação. No seguir o estádio espiritual universal da sua própria época tem muito mais uma necessidade fatal que uma simples macaqueação. E tanto é assim que se deu conosco essa coisa bonita de nós ‘descobrirmos’ novidades que já estavam descobertas por artistas ainda ignorados por nós”.

Aula 1 – por que é obrigatório falarmos de “músicas” e não de “música” quando nos referirmos ao século 20 – Nattiez, Cook. “As músicas” em Paris: Ravel, Milhaud e Poulenc, mas também Jean Wiener, Josephine Baker e Os Oito Batutas de Pixinguinha

Aula 2 – “As músicas da República de Weimar”: Kurt Weill, Hanns Eisler e o cabaré berlinense. “As músicas de Nova York”: o caldeirão dos “crazy twenties”: Gershwin & Armstrong; Paul Whiteman & Duke Ellington; Charles Ives & George Antheil; Bessie Smith & Al Jolson,
Aula 3: “As músicas de Nova York”: o caldeirão dos “crazy twenties”: Gershwin & Armstrong; Paul Whiteman & Duke Ellington; Charles Ives & George Antheil; Bessie Smith & Al Jolson.

Com João Marcos Coelho, jornalista e crítico musical.